quinta-feira, 19 de novembro de 2009

combate

Nem eu posso com Deus nem pode ele comigo.Essa peleja é vã, essa luta no escuroentre mim e seu nome. Não me persegue Deus no dia claro.Arma, à noite, emboscadas.Enredo-me, debato-me, invectivoe me liberto, escalavrado.De manhã, à hora do café, sou eu quem desafia.Volta-me as costas, sequer me escuta,e o dia não é creditado a nenhum dos contendores.Deus golpeia à traição. Também uso para com ele táticas covardes.E o vencedor (se vencedor houver) não sentirá prazerpela vitória equívoca.

Pela luz dos olhos teus

Quando a luz dos olhos meusE a luz dos olhos teusResolvem se encontrarAi que bom que isso é meu DeusQue frio que me dá o encontro desse olharMas se a luz dos olhos teusResiste aos olhos meus só p'ra me provocarMeu amor, juro por Deus me sinto incendiarMeu amor, juro por DeusQue a luz dos olhos meus já não pode esperarQuero a luz dos olhos meusNa luz dos olhos teus sem mais lará-laráPela luz dos olhos teusEu acho meu amor que só se pode acharQue a luz dos olhos meus precisa se casar.